Han Solo - o filme



Eu tinha 17 anos quando saiu o primeiro filme do Guerra nas Estrelas. Já era leitora voraz de Isaac Asimov e das aventuras de Perry Rodan. Também não perdia por nada a série de TV Jornada nas Estrelas. Desde pequenina fui obcecada por discos voadores e seres de outros planetas. Assim que não foi novidade alguma eu entrar de cabeça no universo de George Lucas. A saga da Princesa Leia, Han Solo , Cheewbaca e Luke movimentou o imaginário daquilo que até então só a série dos anos 60 nos trazia: os outros mundos, as outras raças. Sempre amei Stars Wars.

Por isso que hoje vou acompanhando o rastro dos filmes que retratam o universo daquele primeiro grande filme que nos falava de rebeliões contra o mal, os arquétipos universais do bem e do mal. Então, mesmo sabendo que cada um deles obedece a lógica da mera perseguição dos lucros, eu me rendo.

Então, nesse final de semana assisti ao mais novo filme do universo “stars wars”: Han Solo. Nele a gente acompanha um pouco da biografia do famoso contrabandista que ganha o coração da princesa Leia. Vê-se que nasce num mundo hostil, que é um pária, que precisa se inventar a cada minuto para fugir da opressão de diversos controladores de espaços e mundos. E também se vê como ele vai forjando seu espírito libertário e sua sede de justiça. Achei muito boa a leitura do personagem.

A melhor parte do filme, para mim é claro, é quando ele encontra Chewbacca, desde sempre meu personagem favorito. O grande wooki, com sua língua feita de grunhidos, é incomparavelmente o melhor: leal, amigo, incorruptível, inteligente e infinitamente amoroso, apesar de sua aparência gigante e assustadora. Adorei como o autor elaborou o encontro, colocando-os juntos, numa situação de fragilidade, na qual um teria de matar o outro para sobreviver. E aí, se expressa a picardia de Han, encontrando a saída para ambos, para, a partir de então serem amigos inseparáveis.

Eu, que sou boba numa enésima ao cubo, sempre choro nessas cenas em que a amizade dos dois se expressa e se fortalece. Amo Chewie a morrer, e ele está fofo demais. Sempre bom lembrar que o grande wooki foi interpretado pelo querido ator britânico Peter Mayhew, cujo olhar é tão doce quanto do personagem. Agora, nos novos filmes, desde “Os últimos Jedi” quem herdou o Chewie foi o ex-jogador de basquete finlandês, Joonas Suotamo, ao qual estou me acostumando.

Também chorei quando Han vê pela primeira vez a mítica Millenium Falcon, porque sabemos que é nela que ele enfrentará o império mais tarde, e vencerá. Também amei o Donald Glover fazendo o Lando de maneira adorável e charmosa. Rendeu um lindo tributo a Billy Dee Williams que deu vida a Lando no filme da saga, e que esteve igualmente maravilhoso.

O filme traz toda a parafernália dos filmes de ação de roliúdi, o que, por vezes, é um saco. Mas ele vale mais para mim por trazer a gênese desses personagens que encantaram minha adolescência. Alden Ehrenreich, o garoto que faz o Han também está fenomenal, expressando toda a pureza que o velho Han da saga original também possuía quando encontrou Luke e Leia. Ele é encantador.

Enfim, para quem como eu viaja por esses caminhos estelares, o filme é uma delícia e além dos tiros e efeitos especiais, tem muita ternura, amizade, lealdade e alegria. O final é bonito e nos deixa com a sensação de que vale a pena arriscar tudo pela justiça.

Espero que um dia saia um filme contando a história do Chewbacca, já que quando ele encontra o Han já tem mais de 150 anos. Imagina as histórias outras que ele viveu. Aoooaaahahahhhaaaaaaaggggggg!!!  Né, Chewie?