O lugar bom (The good place)


Para quem gosta de séries a dica é a produção estadunidense, criada por Michael Schur, exibida pela netflix com apenas quatro temporadas. Conta as aventuras de quatro seres humanos que morrem e vão para o que pensam ser o céu. Eles mesmos estranham a situação visto que na terra não tinham sido boas pessoas. Ainda assim, cada um vai tentando se adaptar naquele novo mundo e as circunstâncias fazem com que acabem se encontrando. Com o desenrolar da trama, descobrem que aquele céu é na verdade um experimento e passam a se deparar com a possibilidade de serem jogados no lugar ruim, que seria o inferno. Desde aí, tudo é aventura.

O bom da série é que na medida em que as coisas vão acontecendo cada uma das pessoas vai percebendo que pode ser melhor, que pode fazer boas ações, ser boa, enfim, merecer o lugar bom. Vão também construindo uma profunda amizade. E por aí os episódios se desenvolvem trazendo cenas muito divertidas, e personagens encantadores. O filósofo, a garota má, a invejosa e o bobão vão ganhando o coração do chefe do lugar, que é também apaixonado pelos humanos e, justamente por isso, disposto a fazer esse teste, visando levar mais pessoas para o lugar bom.

Os episódios são curtos e muito bem trabalhados. Tem a boa dose de comédia, mas não deixam de trazer momentos emocionantes. Fala-se muito em filosofia, ética e sobre o quanto vale muito mais a pena ser bom no mundo. Nesses tempos tão sombrios a delicada escrita de Michael Schur é um bálsamo para a alma.

Destaca-se também de maneira muito poética a visão teológica do roteirista, que apresenta uma ideia de céu e inferno bem interessante. Como a série é curta e tem um final logo na quarta temporada não é nada cansativo. Pelo contrário, ao encerrar deixa um gostinho de quero mais.

O último capítulo foi ao ar agora, no início de fevereiro, e conseguiu dar um destino absolutamente lindo para todos os personagens. Depois de desfrutarem as aventuras da criação de uma nova lógica para entrar no céu, eles também conseguem desfrutar de milhares de anos de alegria no lugar bom, para, por fim, se reintegrarem ao cosmos.

A série é delicada, cheia de ternura, alegre e de uma boniteza sem fim. Os atores são ótimos, com especial destaque para Manny Jacinto, o ator filipino/canadense que faz o adorável, louco e divertido Jason. Vale conferir.

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