Imperatrizes no palácio



Hoje vamos passar uma dica de cinema, no caso, uma série, dessas que a gente encontra também no Netflix. Mas não é uma daquelas séries intermináveis, cujo enredo vai mudando de maneira louca, sem nunca se resolver. Não. Ela tem poucas temporadas e tem um final. É uma produção chinesa, de 2011, chamada “Imperatrizes no Palácio”. A história se passa no tempo da dinastia Qing, a última da China imperial, e conta a história de Zhen Huan, uma moça simples que se torna uma das concubinas do imperador.

O filme mostra a dura realidade da vida das mulheres chinesas nos tempos do império, as quais não tinham outra escolha a não ser servir ao imperador. Todos os anos, ele mandava buscar as jovens mais bonitas do entorno do palácio ou das regiões mais distantes, para lhe servirem como concubinas. E, não bastasse essa violência de não ter mando sobre si mesmas, elas, chegando no palácio, ainda tinham de enfrentar toda uma rede de intrigas dentro do harém, no qual cada mulher tinha de batalhar para não morrer ou não servir de capacho para as mais velhas e com mais poder.

Na saga de Zhen Huan pode-se mergulhar nessa cultura intrigante e perturbadora que é a cultura chinesa. A produção primorosa mostra em detalhes a vida nos palácios, as roupas, os costumes, a arquitetura e o terror. Um mundo onde os homens mais fieis eram castrados para não se renderam as mulheres do imperador que viviam no harém, onde o amor era impossível, a amizade inexistente, e tudo acabava se resumindo a uma louca e dolorosa luta pela sobrevivência. O palácio com suas riquezas era só um campo de guerra na vida de todos.

A série foi tão bem acolhida na China que a atriz principal Sun Li, acabou tendo sua personagem Zhen Huan imortalizada no famoso museu de cera local. Para quem gosta de dramas de época esse é um prato cheio. As atrizes são ótimas e a história acaba prendendo a gente até o final. É um enredo triste, mas é a realidade de um tempo que se formos ver com mais profundidade, ainda não acabou.

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